Por que eu escolhi NÃO fazer safari na África do Sul

Conhecer a savana africana e ver de pertinho alguns dos maiores animais do mundo em seu habitat natural é um sonho pra muita gente. E também foi um desejo meu durante muito tempo. Até que, quando surgiu a oportunidade real de viajar para a África do Sul, as coisas mudaram por aqui. Depois de pesquisar bastante sobre o tema e conversar um bocado com minha própria consciência – com as passagens compradas e o roteiro na mão – decidi abrir mão do que hoje considero um capricho meu. Neste post, eu conto o que me fez mudar de ideia e o motivo pelo qual eu escolhi NÃO fazer safari na África do Sul.

“VOCÊ FOI PARA A ÁFRICA DO SUL E NÃO FEZ SAFARI?”

Em Maio de 2018, nós estivemos pela primeira vez no continente africano. Tudo retratado nas nossas redes sociais – e aos poucos aqui no blog também. Não demorou muito para que começassem a surgir perguntas sobre safaris. “Você foi ao Kruger?”, “Qual é o melhor safari perto de Cape Town?”, “Tem alguma empresa de safari pra indicar?”. Eram várias. E, quando eu respondia que não havia feito safari na África do Sul, as reações eram, quase sempre, as mesmas. “Puxa, faltou tempo no roteiro? Vão voltar para fazer numa próxima?”. Não, gente… não fazer safari na África do Sul foi uma escolha.

Eu sabia que isso aconteceria. Na verdade, começou a acontecer ainda antes da viagem, entre família e amigos. As pessoas tendem a associar uma viagem à África com safaris logo de cara. Normal. Fazer safari é a principal motivação da grande maioria dos turistas que embarcam rumo à África. Em resumo, ir à África e não fazer um safari soa, para muita gente, como um pecado mais grave do que ir a Paris e não ver a Torre Eiffel. E eu confesso que toda essa pressão me fez, em alguns momentos, repensar a minha escolha. Principalmente em função do blog.

O MELHOR PRO BLOG OU O MELHOR PARA A MINHA CONSCIÊNCIA?

O Imagina na Viagem é meu trabalho e, em se tratando de escolhas profissionais nem sempre a gente faz o que curte, mas sim o que trará um melhor resultado para a empresa, certo? Errado.

Quando decidi começar meu próprio negócio, essa era uma das minhas principais motivações. Eu queria me dedicar a algo que me fizesse verdadeiramente feliz, algo que tivesse a minha cara, a minha alma. Onde eu pudesse seguir as minhas convicções acima de qualquer interesse comercial. Que patrão me permitiria pensar na minha consciência antes dos negócios? Só eu mesma.

Então, você há de concordar comigo… teria sido muito estúpido da minha parte incluir um safari no meu roteiro simplesmente para poder contar sobre ele por aqui, sem levar em consideração a minha real opinião sobre o tema, certo? E foi assim que ficou decidido. Contrariando todas as expectativas, fomos à África do Sul, fizemos uma viagem absolutamente incrível e escolhemos não fazer safari.

E neste ponto eu peço desculpas a você, leitor, pela não-informação. Mas, de certo, há uma dezena, talvez uma centena, de excelentes blogs recheados de dicas para quem quer fazer safari na África e não lhe faltarão fontes caso seja essa a sua busca. Por aqui, no entanto, você encontrará apenas um relato pessoal e sincero de alguém que decidiu caminhar em outra direção.

Porque escolhi não fazer Safari na África do Sul. Foto: Pixabay
Porque escolhi não fazer Safari na África do Sul. Foto: Pixabay

CADA UM É CADA UM… E A MINHA ESCOLHA É TÃO PARTICULAR QUANTO O PROCESSO QUE ME LEVOU A FAZÊ-LA.

Pois bem, antes de seguir, deixa eu adiantar uma coisa: esse texto não é uma tentativa de te fazer mudar de ideia ou conceitos. Então, se você espera que eu lhe diga para fazer ou não um safari, peço desculpas por decepcionar, mas essa é uma escolha inteiramente sua, sobre a qual eu não posso e nem desejo ter responsabilidade.

Quando mais nova, eu adorava ir no zoológico. Acho que quase todo adulto da minha geração ou mais velho experimentou essa fase quando criança. Naquela época, pouca gente falava sobre responsabilidade com a causa animal. Não era um assunto em voga, faltava informação e as crianças se divertiam. No final das contas, era isso que importava. E tudo bem… foi parte do meu processo.

Anos mais tarde, já grandinha e dona do meu nariz, escolhi nadar com golfinhos. Durante anos eu via as fotos das amigas que retornavam de viagem, ouvia os relatos e aquilo só aguçava meu encantamento e desejo. Imagina… poder fazer carinho nos golfinhos, nadar de carona com eles, vê-los dar tchau com as barbatanas. Eu sonhava com a minha vez. E, na primeira oportunidade que tive, quis viver aquela experiência também. Não li, não pesquisei. Apenas fui. E tudo bem… foi parte do meu processo.

Eu era outra. Uma pessoa diferente, cujas experiências de vida ainda não eram muitas, a quem ainda faltava um bocado para aprender. E até hoje falta. Mas de lá pra cá acho que aprendi algumas coisas importantes. Cresci, me transformei, amadureci como indivíduo, passei a entender melhor o meu lugar na sociedade, minha responsabilidade para com esse planeta no qual vivemos e para com cada um dos que aqui coabitam comigo. E esse é o estágio atual do meu processo.

JULGAMENTO? NÃO CABE POR AQUI!

Não sou vegetariana. Embora a ideia já tenha me passado pela cabeça algumas dezenas de vezes. Como carne, consumo derivados, não sei dizer quais são as marcas de cosméticos que não testam em animais… Vivo um processo de aprendizado contínuo, através do qual, dentro das minhas limitações e possibilidades, vou me transformando e fazendo as minhas escolhas.

O que quero dizer com isso tudo é que não sou melhor do que ninguém. Assim como todo mundo (ou a grande maioria, vai…), tenho uma porção de falhas, de convicções furadas, de opiniões que daqui a 5 anos não me servirão mais. E, sabendo das minhas limitações e transformações, eu jamais me poria a julgar qualquer outra pessoa que, dentro deste mesmo processo de evolução que é a vida, não faça as mesmas escolhas que eu.

Você tem as suas razões. As suas convicções. E elas são tão sagradas quanto às minhas. Simplesmente porque são resultado de um processo (de experiências, vivências, bagagens) que só você – e mais ninguém! – viveu. Quem melhor do que você para fazer as suas escolhas?

Dito isso, não preciso explicar a razão pela qual você nunca me verá dizendo “não vá fazer um safari” ou “não vá nadar com golfinhos”. Enquanto estas atividades existem e são legais (no sentido jurídico da coisa), você é livre para vivê-las.

PORQUE EU ESCOLHI NÃO FAZER SAFARI NA ÁFRICA

Agora que já colocamos os pingos nos is, deixa eu te explicar o que me fez mudar de ideia e desistir do sonho de fazer safari na África. E talvez fique mais fácil se antes eu lhe mostrar uma coisa…

Porque escolhi não fazer Safari na África do Sul. Foto: Exame / Reprodução
Porque escolhi não fazer Safari na África do Sul. Foto: Exame / Reprodução

Essa foto que você vê acima é um print retirado do site da Exame. A matéria é de Julho de 2018 e, como você vê no título, relata a história de um urso polar morto a tiros após atacar um guia de turismo. Se quiser, você pode ver outras matérias sobre o ocorrido no site da Época Negócios ou da Folha de São Paulo.

O fato aconteceu durante um passeio para observação da vida selvagem. O guia acompanhava um grupo de turistas na Ilha de Spitzberga, Noruega, e quando o urso partiu pro ataque, o guia o abateu. Dentro daquela situação, não havia mais alternativa. Mas, a gente há de concordar que, muitas escolhas foram feitas até que se chegasse àquele ponto sem volta, certo? E se hoje há um urso polar a menos no mundo, a culpa passa por cada uma delas.

Para mim, todas as vidas são absolutamente valiosas. E foi exatamente por isso que decidi não fazer um safari na África…

Há quem opte por fazer um safari por conta própria, dirigindo seu próprio carro pelos parques nacionais. Confesso que esse estilo de viagem, mais roots, não me atrai. Eu não entraria na savana se não me sentisse absolutamente protegida. E, cá entre nós, numa situação fora de controle, as janelas fechadas e o pé no acelerador não são páreo para um leão, um elefante ou um rinoceronte, concorda? Assim, minha única opção seria recorrer aos guias, aos profissionais especializados. Mas, entrar na savana ao lado de um guia armado, ao mesmo tempo que garantiria a minha segurança, seria assumir o risco (por menor que fosse!) pela vida de um animal. Uma vida MUITO mais valiosa que o meu simples capricho de querer vê-la de perto. Lembra do ponto sem volta? Essa foi a minha escolha antes dele.

E BATEU ARREPENDIMENTO?

De fato, trazer pra casa uma centena de fotos de um safari teria sido incrível. Mais do que isso, ter na memória a lembrança de um encontro com os maiores animais da terra, certamente, me faria muito feliz. Mas, posso te garantir, sou ainda mais realizada com a escolha que me permiti fazer.

Além do mais, posso dizer que bati toda a minha cota de “necessidade de ver animais de pertinho” em Boulders Beach. A chamada “praia dos pinguins”, em Cape Town, funciona como uma espécie de santuário para os pinguins africanos. Diferentemente da realidade na maior parte dos safaris, não há guias armados acompanhando os turistas ou qualquer risco para os animais. Pelo contrário. Experimente fazer graça com um pinguim e além de uma bela bicada você ainda corre o risco de levar uma multa salgada, caso seja flagrado pelos guardas.

Por fim, devo dizer que a África do Sul se revelou um país plural, repleto de atrativos e encantos que eu sequer poderia imaginar. E, ao longo dos vários dias que passamos por lá, comprovei que embora o safari seja sua principal referência turística, é possível SIM fazer uma viagem riquíssima pelo país sem explorar a savana. Encontrei o conjunto de paisagens mais incrível que um único país foi capaz de me proporcionar. Conheci pessoas que fazem meu coração se encher de alegria só de lembrar. Foi uma viagem de descobertas maravilhosas… e, por sorte do destino, entre uma e outra, acabamos esbarrando com alguns amiguinhos pelo caminho.

Porque escolhi não fazer Safari na África do Sul. Foto: © Imagina na Viagem
Porque escolhi não fazer Safari na África do Sul. Foto: © Imagina na Viagem

Foi o caso desse babuíno simpático e preguiçoso da foto, que, por acaso, cruzou nosso caminho até o Cabo da Boa Esperança. Ou do filhotinho de veado que nos deu um susto no Cabo das Agulhas. Ou das centenas de aves que vimos em todos os lugares – incluindo uma espevitada que tentou roubar o nosso lanche em Cape Point. Enfim… o fato é não faltam fotos ou memórias, e sobra a certeza de que, dentro das minhas convicções, eu fiz a melhor viagem que poderia ter feito.

 

Leia mais:

O que fazer em Cape Town: Atrações imperdíveis na Cidade do Cabo.
Cape Town e a crise da água: como fica o turismo? A água vai acabar?
The Michelangelo – Um pedacinho da Itália em Sandton – Johannesburg
Onde ficar na Garden Route: Fancourt – a escolha perfeita!

QUEM ESCREVE

Formada em Cinema e pós-graduada em Jornalismo, já trabalhou como produtora cinematográfica, fotógrafa, redatora, assessora de imprensa...
Mas foi nas viagens - e contando sobre elas - que descobriu sua verdadeira paixão.
Desde 2014, é editora do Imagina na Viagem e consultora de turismo além, é claro, de uma viajante incansável nas horas vagas.

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19 Comentários

  1. Viviane Gomedi
    28 de setembro de 2018 em 23:18 — Responder

    Olá. Achei muito interessante seu texto e veja bem respeito sua decisão.
    Como complemento, posso contar minha experiência? Acabamos de voltar de lá e escolhemos uma reserva particular perto de Mossel Bay, a Gondwana.
    Assim como você sou apaixonada por animais desde que vê-los não signifique prejudicá-los ou interferir em seu habitat natural, motivo pelo qual pulamos o tal mergulho com o tubarão branco que mais parece uma tourada com o bicho =(
    No Safári, achei como você que o guia andaria armado e, olha, se estava era muito escondido. A verdade é que não é simples ser guia e eles conseguem ler muito bem os sinais dos animais, aqueles que não emitem sinais de incômodo, como os búfalos, eles não aproximam. Pelo menos na reserva particular em que ficamos eles respeitam muito os animais, não há interferência na vida selvagem, o ecossistema se regula, e acho que prefeririam machucar as pessoas do que os animais rsrsrsrs. O carro é potente e sempre são tomadas todas as medidas de segurança, não há motivo ou situação para chegar ao ponto de atingir um animal.
    A única exceção de interferência é dos rinocerontes que são monitorados 24/7 por conta dos caçadores. Para proteção da espécie.
    Então, achei legal dar meu depoimento, pois acredito que dá pra fazer esse passeio respeitando os animais, mas sempre cuidando de qual hotel ou empresa você está contratando.
    E tbm acho que não deveria ser liberado o passeio por conta como é feito no Kruger. Não faz nenhum sentido isso pra mim.
    Beijos.

    • 30 de setembro de 2018 em 21:57 — Responder

      Oi Viviane, tudo bem?!

      Puxa, agradeço muito sua visita e comentário.
      Sua opinião é muito bem-vinda por aqui e seu depoimento certamente contribuiu muito com o post! 🙂

      Beijos!

      • Ingrid Campos de Menezes
        24 de novembro de 2019 em 15:56 — Responder

        Parabéns pelo relato. Cada vida animal importa.

        • 25 de novembro de 2019 em 15:20 — Responder

          Oi, Ingrid!
          Muito obrigada pela visita e comentário! 🙂

  2. Rebeca
    5 de dezembro de 2018 em 17:26 — Responder

    Já fiz o passeio no Kruger no meu carro várias vezes e nunca tive ou vi nenhum problema. Se seguirmos as regras que o parque dá é bem tranquilo. É muito bom poder ver os bichos na casa deles.

    • 17 de dezembro de 2018 em 21:21 — Responder

      Muito obrigada por seu relato e visita, Rebeca! 🙂

  3. Arina Sampaio
    16 de janeiro de 2019 em 20:16 — Responder

    Parabéns por bancar uma ideia que está contra maré! Isso é muito raro! Ações como a sua movem outras pessoas a terem ações igualmente corajosas.

    • 18 de janeiro de 2019 em 14:11 — Responder

      Fico lisonjeada com seu comentário, Arina!
      Muito obrigada! 🙂

  4. Valeria C
    10 de fevereiro de 2019 em 19:09 — Responder

    Ótimo texto e reflexão. O turismo de massa muitas vezes não só retira o encanto dos lugares, como também “determina” os “lugares obrigatórios”, tornando-os meros produtos de consumo, retirando a essencia da viagem para cada viajante. As pessoas vão pela moda. Muigo legal você se libertar disso e viver uma experiência sua, autêntica e exclusiva!

    • 11 de fevereiro de 2019 em 13:21 — Responder

      Oi Valeria!

      Adorei sua mensagem. Faz algum tempo que aboli das minhas viagens o termo “obrigatório” e acho que todo mundo deveria.
      O que é valioso pra mim, pode ser irrelevante pra você. E o contrário idem.
      No final das contas, a gente viaja pra atender aos desejos dos outros ou aos nossos?

      Muito obrigada pela visita e contribuição! 🙂

  5. Carolina
    19 de setembro de 2019 em 11:08 — Responder

    O Kruger é um parque nacional do tamanho de um país como Israel. Dentro há diferentes tipos de alojamentos, do básico ao luxo, restaurantes, lojas, postos de gasolina, etc. As estradas principais que cortam o parque são de asfalto, há também as estradas secundárias em estrada de chão. Dirigir seu próprio carro dentro do Kruger não tem nada de viagem estilo “roots”. Seguindo as regras do parque de circular com as janelas fechadas, portas trancadas e respeitar os limites de velocidade é muito difícil que aconteça algum acidente. Os acidentes que aconteceram foram com pessoas que provocaram os animais, e desrespeitaram as regras do parque. Um leão, um elefante ou um rinoceronte como você mencionou, não veem pessoas dentro do carro, eles veem uma máquina e estão bem acostumados com os carros, caminhões e ônibus que cruzam o parque todos os dias, e mais: eles estão vivendo suas vidas na savana. Não são monstros incontroláveis sedentos por sangue que ao ver um carro passando se tornam violentos. Na verdade você corre muitos mais riscos e está muito mais desprotegida dirigindo pelas estradas da África do Sul, país em que 1 de cada 5 motoristas não tem uma habilitação válida, conta com estradas em mal estado sem acostamento, muitos carros circulam em mal estado e é muito comum ver pedestres caminhando ao lado das estradas, vacas e cabras cruzando e até bloqueando a passagem dos carros.
    Outra coisa, os guias de Safari vão armados quando o passeio inclui descer do carro no meio da savana para fazer uma parada para café da manhã dos turistas, por exemplo, ou em walking tours em que vão pelo menos 2 guias e eles vão armados porque existe uma lei para isso. Os guias de outras configurações de Safari em que ninguém vai descer do carro não vão armados! Realmente a vida dos animais importa e esses passeios nos parques e santuários servem também para aprender mais sobre os animais e sua atual situação. Muitos desses animais da savana africana estão em processo de extinção ou são vulneráveis devido à perda do seu habitat natural, comércio ilegal e a caça (que em lugares privados é legal na África do Sul). A perda do habitat natural tem muito a ver com o aumento da população e com o uso das terras para agricultura. A agricultura não serve apenas para alimentar às pessoas mas a maior parte é destinada para alimentar o gado. As planícies abertas em que agora pastam o gado antes era lugar dos animais nativos da região. Por isso é válido repensar também em hábitos de consumo.
    Há quem escolha fazer uma viagem assim apenas por capricho ou por uma foto buscando aprovação social, mas uma viagem a África pode ser uma excelente forma de aprendizagem sobre diferentes temas…

  6. Casal Vegetal
    4 de novembro de 2019 em 00:56 — Responder

    Marina, parabéns pela empatia com os animais. Achei seu relato muito sensível e sábio. Sou vegana e me deparei com seu texto procurando justamente outras opiniões sobre o assunto… Acho que você está num processo evolutivo incrível. Se quiser dicas ou informações sobre vegetarianismo/veganismo, como começar, etc. Conte comigo, faço parte da SVB e da MFA – Brasil.
    Beijos,
    Daphne
    @casalvegetal

    • 11 de novembro de 2019 em 19:55 — Responder

      Obrigada pelo comentário e carinho, Daphne.
      Já entrei nos sites da SVB e da Mercy for Animals e tô achando um monte de informações que desconhecia.
      Sei que ainda tenho um bocado pra aprender, e já te agradeço por ter ajudado a acelerar este processo. 🙂
      Beijos!

  7. 22 de novembro de 2019 em 11:11 — Responder

    Marina, que alegria ver o seu relato! Estou passando pelos mesmos “julgamentos” em optar por não fazer os safaris. Fico na áfrica do sul de 29/11 a 17/12/2019, entre joanesburgo, cidade do cabo e rota jardim, sem incluir nenhum safari. Tenho uma amiga que foi e não a julgo, mas eu optei tbm por NÃO ir.
    Penso igual a você, tbm não sou vegetariana, no entanto adotei algumas posturas que me acalentam a alma e a consciência como não ir a zoológicos. Foi o único relato de não inclusão de safari em roteiro da áfrica do sul.
    Obrigada mais uma vez e quando estiver postando minha ida pra lá, já vou indicar teu blog pro povo ler e me deixar em paz rsrs.

    • 25 de novembro de 2019 em 15:18 — Responder

      Oi, Nathália!

      É bem chato quando rola essa pressão, né? Mas melhora quando a gente entende que as nossas viagens (assim como tudo na nossa vida), tem que fazer sentido pra nós, não pros outros. Se você escolheu não fazer o safari (por seja qual for o motivo) e tá feliz com a sua decisão, só isso importa. Tenho certeza que a viagem vai ser ainda mais linda e incrível, porque vai ser “na medida” pra você! 🙂

      Aproveite muuuito a África do Sul!

  8. Lais
    28 de fevereiro de 2021 em 23:11 — Responder

    Obrigada por compartilhar o seu ponto de vista. Como vc, também busco um turismo sustentável, mas não havia visto os safáris por essa vertente.

    • 6 de março de 2021 em 19:34 — Responder

      Oi, Laís. Eu que agradeço sua visita e comentário. 🙂

  9. Marina
    7 de abril de 2022 em 13:00 — Responder

    Oi, Marina! Legal seu relato!
    Para contribuir, gostaria de dar uma visão levando em consideração a praxiologia.
    A preservação ambiental de uma área por diversas vezes demanda a utilização de recursos escassos, como delimitação, guarda e conservação.
    Para tanto, o agente responsável necessita de recursos financeiros, que para serem obtidos demandam exploração comercial da área, por vezes energética (já ouviu falar do caso do Parque Nacional de Virunga, no Congo, o qual permitiu salvar da extinção o gorila da montanha?), por outras diversas vezes o turismo da região.
    Portanto, mesmo na melhor da intenções, ao não contribuir financeiramente com os agentes, responsáveis pela preservação, ao consumir os serviços prestados de turismo, uma espécie pode estar mais ameaçada de extinção, tendo um número maior de indivíduos da espécie mortos.
    Um caso bastante conhecido é dos rinocerontes. Antes da permissão de exploração turística de algumas áreas de savana as quais habitavam, estavam à mercê de caçadores. Hoje, devido aos recursos advindos do turismo, o parque tem recursos para pagar guardas que vigiam a área e impedem a ação de caçadores, preservando assim a espécie.
    Espero ter contribuído!
    Parabéns pelo trabalho!

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