Mauritshuis: um museu imperdível em Haia (Holanda). Tudo sobre a visita!
Para quem visita a Holanda e quer conhecer mais do que apenas Amsterdam, uma passagem por Haia pode ser uma excelente pedida. Por lá, para além de outros incontáveis atrativos, os amantes das artes plásticas encontram uma joia: o Mauritshuis, um dos museus mais importantes dos Países Baixos. Situado numa mansão do século XVII, o Mauritshuis é lar de aclamadas obras da Dutch Golden Age – a Era de Ouro da qual fizeram parte Rembrandt e Vermeer, dentre outros grandes nomes.
Se você está planejando passar por Haia e visitar o Mauritshuis, este artigo veio em boa hora. Se é um entusiasta da arte e está curioso por saber mais sobre o museu e sua coleção, ele também é pra você. Nas linhas abaixo contamos mais sobre a história do museu, seus principais destaques e, claro, relacionamos todas as dicas úteis para a sua visita.
SOBRE O MAURITSHUIS – A HISTÓRIA DO MUSEU
Pra começar, pode bater a dúvida: de onde veio esse nome? Pois bem, Mauritshuis, em holandês, significa “casa do Mauricio”. E deste Maurício você já deve ter ouvido falar. Trata-se do conde Johan Maurits van Nassau-Siegen ou, abrasileirando, Maurício de Nassau. E pra quem fugiu (ou não lembra) das aulas de história do ensino médio, aqui vai uma mãozinha: Maurício de Nassau foi governador da “Nova Holanda”, a colônia holandesa que, em meados do século XVII, foi estabelecida em parte do nordeste brasileiro.
A casa de Maurício começou a ser construída em 1632, poucos anos antes de seu embarque para o Brasil. Dizem por aí, inclusive, que ela teria sido a principal razão para que Maurício aceitasse o posto de governador em terras tupiniquins. É que o projeto da mansão – feito por ninguém menos que Jacob van Campen (arquiteto responsável também pelo Palácio Real de Amsterdam, na Praça Dam) era tão oneroso quanto deslumbrante. Passado algum tempo do início de sua construção, os custos da obra teriam começado a pesar no bolso do jovem Maurício e a oferta generosa do governo seria irrecusável.
Não é difícil deduzir o porquê da mansão ter logo recebido o apelido de Palácio do Açúcar. Ela era, de fato, um palácio. Por fora, o estilo escolhido foi o clássico holandês. Por dentro, era toda ornamentada com madeira tropical e afrescos de paisagens brasileiras. Historiadores afirmam que, em 1644, quando terminou sua jornada colonial e retornou aos Países Baixos, Maurício levou consigo mais de uma dezena de embarcações com artigos variados do Brasil – armas, cocares, penas, conchas, etc. Muitos deles usados na decoração de seu casarão.
A grande ironia é que, apesar de todo o investimento e esforços, Maurício de Nassau apenas viveu na mansão por 3 anos – entre 1644 e 1647, quando assumiu o governo de Cleves, na Alemanha. Após sua morte, em 1679, a Mauritshuis passou para as mãos do Estado e teve diversos usos. No século XVIII, foi quase inteiramente destruída por um incêndio e ganhou uma extensa obra de reconstrução. Ela ainda estava anos longe de se tornar um museu… e outro personagem importante ainda precisava entrar nesta história.
O outro grande nome que está por trás da história do Mauritshuis é o de Willem V, Príncipe de Orange e regente dos Países Baixos durante a segunda metade do século dezoito. Foi ele, grande amante das artes, que deu início a coleção de obras que, anos mais tarde, daria vida ao Mauritshuis.
Willem V começou sua coleção de pinturas ainda jovem. Aos 26 anos, decidiu dividi-la com o povo e abriu aquela que é conhecida como a primeira galeria de arte pública dos Países Baixos, a Galeria Prince Willem V (em funcionamento até hoje e cuja entrada é gratuita àqueles que possuem o ticket do Mauritshuis). Durante a guerra, em 1795, com os Países Baixos sob domínio das tropas de Napoleão, a coleção de Willem foi levada (ou saqueada, se você preferir assim) para Paris, onde passou a ser exposta no recém inaugurado Museu do Louvre. Demorou cerca de 20 anos para que as obras fossem recuperadas pelo filho do príncipe Willem V, o então rei Willem I. De volta a terras neerlandesas, elas foram doadas ao Estado dos Países Baixos.
Poucos anos mais tarde, em 1822, a Mauritshuis é finalmente transformada em museu e ganha, como coleção permanente, grande parte do patrimônio artístico do Príncipe Willem V. De lá pra cá, o acervo cresceu, mas de forma consciente. O Mauritshuis firmou-se como o lar da Dutch Golden Age, com uma coleção compacta, porém de valor inestimável. O museu tem, atualmente, algumas das principais obras de mestres da pintura holandesa e flamenga, como Rembrandt, Vermeer, Frans Hals, Fabritius e Rubens. Sem espaço para dúvidas, o Mauritshuis é, hoje, um dos mais importantes museus dos Países Baixos (e, quem sabe, de toda a Europa).
SOBRE O MAURITSHUIS – DESTAQUES DA VISITA
– Johannes Vermeer, Moça com Brinco de Pérola, c. 1665
Moça com Brinco de Pérola é, seguramente, a mais famosa obra de Johannes Vermeer e é popularmente conhecida como a “Monalisa Holandesa”. Fato curioso é que, diferentemente da obra feita por Da Vinci, esta obra não é considerada um retrato e sim um “tronie” – uma pintura que dá vida a um personagem imaginário.
Foi pintada originalmente no século XVII e levou um bocado de tempo para ser reconhecida como a grande obra de arte que é hoje. Diz-se que no final do século XIX, lá por volta do ano 1881, o quadro foi leiloado por pouco mais de 2 florins.
Se você já conhece o trabalho de Vermeer, sabe que o pintor é conhecido como o mestre da iluminação. E Moça com Brinco de Pérola é um exemplar fabuloso desta sua maestria – haja vista os reflexos perfeitos nos lábios da jovem e na pérola (que reflete não somente a luz como também a gola do vestido).
– Johannes Vermeer, Vista de Delft, c. 1660 – 1661
Vista de Delft é mais um dentre os destaques de Vermeer – uma das únicas duas paisagens retratadas por ele. Sabe-se que naquela época, em meados do século XVII, Delft era uma cidade um quanto tanto diferente da que vemos na obra. O intenso fluxo de embarcações que havia por ali foi suprimido da imagem, dando espaço a um rio de águas calmas que refletem fielmente os contornos da cidade. A quantidade de pessoas também parece ter sido reduzida. Tais escolhas teriam sido feitas propositalmente, a fim de traduzir uma sensação de paz e tranquilidade na obra – precisamente atingida quando a admiramos.
Dentre os apreciadores do trabalho de Vermeer, Van Gogh foi um dos mais célebres. Em 1885, ele esteve no Mauritshuis e escreveu sobre Vista de Delft: “quando você observa esta paisagem de perto ela é incrível e executada com cores muito diferentes daquelas que você imagina quando a observa a alguns passos de distância.”
– Rembrandt van Rijn, Self-Portrait, 1669
Se você costuma visitar museus mundo afora, já deve ter dado de cara com algum autorretrato de Rembrandt. Acredita-se que nenhum artista tenha pintado tantos autorretratos quando ele. São cerca de 80, da infância até a melhor idade. O que faz desde autorretrato tão especial é a possibilidade de que tenha sido seu último, uma vez que foi pintado em 1669, ano de falecimento do artista.
– Rembrandt van Rijn, A Lição de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp, 1632
A Lição de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp foi uma obra encomendada. Rembrant tinha apenas 25 anos quando foi solicitado a retratar a aula de anatomia que o Dr. Tulp ministraria em Amsterdam, em janeiro de 1632. A obra é incomum pois, na contramão dos retratos em grupo que se via na época, é não ordenada ou assimétrica.
Os personagens do quadro não estão lado a lado, enfileirados, como que posando para o pintor. Cada um deles se encontra em uma posição distinta, com expressões características e interesses claramente diferentes. Enquanto um aluno olha para a mão dissecada, outro olha para o livro, outro para o Dr. Tulp. Esta singularidade do estilo de Rembrandt também pode ser vista na iluminação. Como é bastante usual em suas obras, A Lição de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp parece ser iluminada por um holofote bem direcionado, razão pela qual os alunos que estão mais atrás recebem menos luz. Todas estas escolhas trazem movimento e realidade à imagem. Não por menos, é considera uma das obras mais importantes da carreira de Rembrandt – um artista que é comumente apontado como um gênio dos retratos realistas.
Outras obras também importantes:
– Carel Fabritius, The Goldfinch (O Pintassilgo)
– Paulus Potter, The Bull (O Touro)
– Peter Paul Rubens, Old Woman and Boy with Candles (Velha e um Menino com Velas)
– Frans Hals, Laughing Boy (Menino Sorrindo)
NÃO DEIXE DE VER TAMBÉM:
Dedique uma atenção especial à sala 13 do Mauritshuis. Talvez ali você não encontre obras de grande relevância para a história da arte mundial, é verdade, mas encontrará um pedaço do que era a nossa terra em meados do século XVII. Em sua incursão ao Brasil, Maurício de Nassau teve com ele alguns artistas e, até onde se sabe, teriam sido eles os primeiros pintores europeus a retratar o nosso país.
View of Itamaracá Island in Brazil (1637) e Brazilian Landscape with a House under Construction (1655-1660), ambos de Frans Post, são alguns destes primeiros retratos brasileiros. Enquanto isso, Study of Two Brazilian Tortoises (1640), de Albert Eckhout, traz aquela que talvez seja a primeira representação europeia de nossa fauna. Todos estão na sala 13, onde você ainda encontrará uma breve explicação sobre a relação de Maurício de Nassau com o Brasil.
Por fim, vale a pena desviar um pouquinho o foco dos quadros, imitar uma namoradeira e se debruçar sobre as janelas das salas 4 e/ou 11. Do lado de fora do Mauritshuis você verá uma pequena torre de tijolinhos. É exatamente ali que se localiza o escritório do Primeiro Ministro dos Países Baixos. Bacana, não? Pois é… vai que você ganha um tchauzinho na janela?
INFORMAÇÕES PRÁTICAS
Agora que você já sabe detalhes sobre o museu e suas principais obras, é hora de falarmos sobre os detalhes da visita. Nos tópicos abaixo, você encontrará instruções sobre como chegar até o Mauritshuis, dicas e detalhes sobre tickets e bilheteria e outras informações importantes que otimizarão seu passeio. Além disso, selecionamos também algumas sugestões de atrativos próximos que podem ser facilmente combinados com a visita ao museu.
COMO CHEGAR
Chegar no Mauritshuis é fácil sob qualquer circunstância. Ele fica na MauritshuisPlein, no coração de Haia, ao lado do Binnenhof (a sede dos Estados Gerais dos Países Baixos e escritório do Primeiro Ministro daquele país) e bem de frente para a plácida lagoa Hofvijver.
Se você está hospedado em Haia, é bem provável que consiga alcançar o Mauritshuis a pé. Se estiver afastado do centro e precisar usar o transporte público, uma boa referência é a Den Haag Central – principal estação de trem da cidade. Ela fica a 800 metros do museu, numa caminhada que não levará mais que 10 minutos.
CHEGANDO AO MAURITSHUIS DE TREM
A Den Haag Central também é a referência para quem deseja visitar Haia (e o Mauritshuis) a partir de outras cidades, como Amsterdam. A malha ferroviária da Holanda é espetacular e o serviço de trem funciona de forma excepcional. Durante o mês que passamos em Rotterdam, utilizamos os trens incontáveis vezes, sempre com experiências bastante tranquilas. Para chegar a Haia de trem (saindo de Amsterdam ou qualquer outra cidade dos Países Baixos), basta comprar um ticket com direção a Den Haag Central – você pode fazer isso em quiosques automáticos de autoatendimento (com opção em inglês!) ou nos guichês. Haia se conecta com as principais cidades da Holanda de forma direta (sem precisar de baldeação), em viagens relativamente rápidas.
Saindo de Amsterdam, por exemplo, as viagens até Haia duram pouco mais de 1h e custam 13,50 euros (por trecho, por pessoa). Para quem sai de Rotterdam a viagem é um tanto mais rápida e barata. São 30 minutos a um custo de 6,20 euros (por trecho, por pessoa). Os tickets de trem não podem ser comprados com antecedência, e nem precisam. Há trens saindo todos os dias, em intervalos curtos, e você nunca precisará esperar por muito tempo na estação.
CHEGANDO AO MAURITSHUIS DE CARRO
Se você faz uma viagem de carro, a dica é setar o GPS para algum dos estacionamentos próximos, uma vez que o Mauritshuis não oferece estacionamento próprio. Há duas boas opções, bem próximas ao museu (menos de 3 minutos a pé):
Interparking Museumkwartier
Endereço: Korte Voorhout 2P, 2511 EK Den Haag.
Preço: 2 euros pelo período de 30 minutos ou 30 euros pela diária. Há opção de reserva online e, neste caso, além de um mega desconto (17,50/dia) você ainda tem a certeza de que a sua vaga estará lá te aguardando quando você chegar. Veja em: parkereninmuseumkwartier.nl
Pleingarage (Parking Centrum Plein)
Endereço: Plein 24, 2511 CS Den Haag
Preço: 1 euro por entrada + 1 euro pelo período de 20 minutos. Ou, ainda, 30 euros pela diária. Diferentemente do Interparking Museumkwartier, este estacionamento não dá opção de reserva online ou descontos.
CHEGANDO AO MAURITSHUIS DE BICICLETA
O Mauritshuis também não dispõe de estacionamento para bicicletas. E, neste caso, o próprio museu recomenda que você utilize o estacionamento da Den Haag Centraal.
EXCURSÕES AO MAURTITSHUIS
Se você está em Amsterdam e prefere chegar até Haia em uma excursão, a GetYourGuide vende boas opções. A empresa é especializada na venda de tickets em tours ao redor de todo o mundo e, já há algum tempo, é a que costumamos escolher em nossas viagens. Recomendo sem ressalvas. Abaixo, selecionamos dois passeios vendidos pela GYG que partem de Amsterdam rumo a Haia e incluem a entrada no Mauritshuis.
- De Amsterdam: a Haia e a Galeria Mauritshuis.
- De Amsterdam: a Kinderdijk e Haia com Mauritshuis Tour.
INFORMAÇÕES SOBRE TICKETS E BILHETERIA
Os ingressos do Mauritshuis custam 15,50 euros para maiores de 19 anos. Todos aqueles com idade inferior têm entrada gratuita. O ingresso dá acesso à exposição permanente, bem como às exposições temporárias e pode ser adquirido localmente (na bilheteria) ou através do website oficial do museu (www.mauritshuis.nl).
Mas, é preciso comprar antecipadamente? Bom, se eu fosse levar em consideração APENAS a minha experiência, lhe diria que não. Estivemos no Mauritshuis em fevereiro de 2020, numa quarta-feira. Quando chegamos, por volta das 10h da manhã, não havia filas. Compramos nossos ingressos e entramos em menos de 5 minutos.
Contudo, esta nem sempre é a realidade por ali. Há dias em que o museu está bastante cheio e as filas podem consumir um bom tempo do seu passeio. Caso você opte por comprar o ingresso de forma antecipada, estará evitando, ao menos, a fila da bilheteria. Ainda assim, vá sabendo que: em dias muito movimentados, o museu pode alcançar o número máximo de visitantes e, nestes casos, uma fila é formada do lado de fora. Assim, à medida em que as pessoas vão saindo, outras vão sendo liberadas para entrar. E, sim, esta é uma fila para todos – quer tenham comprado local ou antecipadamente.
Se você quer ter certeza sobre evitar as filas e tem uma agenda flexível, anote aí: de acordo com o site oficial do museu, os melhores momentos para a visita são “após às 15h ou nas quintas-feiras à noite” (quando o Mauritshuis tem horário estendido).
O Mauritshuis está aberto todos os dias, sendo:
Segundas das 13h às 18h;
Quintas das 10h às 20h;
Demais dias da semana das 10h às 18h;
Dica extra: é proibido entrar no museu portando mochilas e guarda-chuvas. Assim, logo na entrada, você encontrará um balcão guarda-volumes onde poderá deixar suas coisas de forma gratuita. Em dias de superlotação no museu, pode haver filas demoradas. Neste caso, vale mais a pena recorrer aos lockers que costumam estar sempre mais vazios. Eles também são gratuitos, mas, para utilizá-los, você precisará inserir uma moedinha de 50 centavos de euro. Ao final do uso, é só pegar de volta.
ENTENDENDO A COLEÇÃO – AUDIOGUIA
Se você leu este texto até aqui, fica fácil presumir que seu interesse no Mauritshuis vai além de apenas “dar uma olhadinha” ou “tirar selfies com os quadros famosos”. Acertei? Pois então esta próxima dica é especial pra você.
Caso você visite o Mauritshuis por conta própria (sem excursão e/ou guia), vale muito a pena baixar o app “Mauritshuis” em seu smartphone. O aplicativo, disponível para Apple e Android, funciona como um “guia particular” durante a visita. Nele, você encontrará todos os detalhes sobre cada uma das obras do acervo, bem como informações úteis e um mapa do museu. E eu nem preciso te dizer que a visita fica muito mais interessante quando a gente verdadeiramente aprende sobre os artistas e obras que estamos vendo, não é mesmo?
Uma opção alternativa é alugar um audioguia, junto à bilheteria. Mas, saiba que embora o aluguel seja barato (apenas 3,50 euros), o equipamento possui exatamente o mesmo conteúdo que você encontraria no aplicativo. Pela economia e praticidade, penso que é mais vantajoso utilizar o seu próprio smartphone mesmo. E não precisa se preocupar com a conectividade: o museu oferece serviço de wifi gratuitamente, em todos os ambientes.
O app Mauritshuis está disponível em vários idiomas, inclusive o português do Brasil.
Para baixar, acesse em seu celular:
AppStore: apps.apple.com/us/app/mauritshuis
GooglePlay: play.google.com/store/apps/mauritshuis
ACESSIBILIDADE
O Mauritshuis é acessível para todos os visitantes. Há elevador, banheiro adaptado, empréstimo de cadeira de rodas ou bengalas. Cadeirantes têm direito a entrar no museu com um ajudante, sem custo extra. E cães-guia também são bem-vindos. Caso tenha qualquer dúvida ou necessidade especial, é possível entrar em contato direto com o museu através do email mail@mauritshuis.nl.
O QUE MAIS FAZER POR PERTO…
O Mauritshuis é um museu pequeno (em contradição com a grandeza de sua coleção). Assim, é perfeitamente possível combiná-lo com outros atrativos e programações em Haia.
Se a ideia é continuar pelo mundo das artes plásticas, a Galeria Prince Willem V (já citada anteriormente) é uma excelente pedida. Guarde seu ingresso do Mauritshuis, pois com ele a entrada na Galeria é gratuita. Apenas 400 metros separam os dois museus – aproveite o caminho para apreciar a arquitetura belíssima do Binnenhof, sede do Parlamento holandês.
Outras opções de museus são o Gevangenpoort, o Museu Histórico de Haia, o Museu do Escher, o Gemeentemuseum ou, ainda, o Panorama Mesdag. Este último é bastante curioso, pois abriga aquela que é classificada como “a única pintura panorâmica do século XIX dos Países Baixos”. Parece bobo, mas pensa que insano deve ter sido pintar, lá em 1880, um “quadro cilíndrico” retratando 360 graus de paisagem. A obra tem cerca de 14 metros de altura e 120 metros de circunferência. No mínimo, superinteressante!
Haia também é uma daquelas cidades onde bater perna é sempre uma boa ideia. Seu centro é agradabilíssimo e cheio de vida, ideal para um passeio sem pressa. Do Mauritshuis você chega, sem dificuldade ao Palácio Noordeinde – uma das residências reais dos Países Baixos, escritório do Rei Willem. Vale ainda caminhar pela Grote Marktstraat – uma rua de pedestres que concentra boa parte do comércio do centro de Haia – e por seus arredores.
Por fim, se ainda der tempo, vale dar uma esticadinha para conhecer o litoral de Haia e colocar o pé no Mar do Norte. Que tal? Scheveningen é o destino praiano mais animado por ali, mas há quilômetros de parques e dunas com vista para o mar.
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QUEM ESCREVE
Formada em Cinema e pós-graduada em Jornalismo, já trabalhou como produtora cinematográfica, fotógrafa, redatora, assessora de imprensa...
Mas foi nas viagens - e contando sobre elas - que descobriu sua verdadeira paixão.
Desde 2014, é editora do Imagina na Viagem e consultora de turismo além, é claro, de uma viajante incansável nas horas vagas.
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