Como visitar Pompeia: como chegar, o que ver, sugestão de roteiro e mais.

O Parque Arqueológico de Pompeia, na região da Campania, é um dos pontos turísticos mais visitados de toda a Itália. Anualmente, cerca de 3,5 milhões de pessoas exploram as ruínas da antiga cidade romana, destruída no ano de 79 d.C. numa erupção do vulcão Vesúvio. Se você pretende fazer parte deste número, encontrou o artigo certo. Nas linhas abaixo, eu te conto mais sobre a história da cidade, curiosidades, o que ver, como chegar e outras dicas fundamentais sobre como visitar Pompeia.

O que posso te adiantar desde já é que passear pelas ruínas de Pompeia foi, sem um pingo de dúvidas, uma das melhores experiências de nossa viagem pelo sul da Itália. Prepare-se para um dia caminhadas exaustivas, mas também de emoção, surpresa e muito encantamento. Afinal de contas, não é sempre que se encontra uma cidade romana congelada, durante séculos, no tempo…



Veja abaixo tudo o que você encontrará neste post:

1. Onde fica Pompeia?
2. A história de Pompeia
2.1. Os habitantes “petrificados” de Pompeia.
3. Como é Pompeia hoje?
4. Como chegar em Pompeia.
4.1. Como chegar em Pompeia a partir de Roma.
4.2. Como chegar em Pompeia a partir de Nápoles.
4.3. Dica extra: onde estacionar em Pompeia.
5. O que ver em Pompeia.
6. O erotismo em Pompeia.
7. Roteiro de um dia em Pompeia.
8. Pompeia e Ercolano no mesmo dia: vale a pena?
9. Informações práticas
9.1. Tickets.
9.2. Horários de funcionamento.
10. Extra: Dicas fundamentais para o seu passeio.

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1. ONDE FICA POMPEIA?

Pompeia é uma antiga cidade romana e atual sítio arqueológico. Está situada aos pés do monte Vesúvio, a cerca de 25km a sudeste de Nápoles, na região da Campania, Itália. A capital, Roma, está a aproximadamente 220km de distância.

No mapa abaixo você vê a localização exata do Parque Arqueológico de Pompeia, bem como algumas das principais cidades em seus arredores.

2. A HISTÓRIA DE POMPEIA E A ERUPÇÃO DO VESÚVIO

Historiadores dizem que a cidade de Pompeia foi fundada ainda na Idade do Bronze (algo entre 3000 a.C. e 1200 a.C.) e que, ao longo dos anos, esteve sob domínio de oscos, gregos, etruscos e samnitas. Foi apenas durante as Guerras Samnitas, lá pelo ano de 300 a.C, que os romanos conquistaram o território.

Entre a conquista romana e o ano de 79 d.C., Pompeia viveu sua fase mais importante. Apesar de não ser uma cidade muito grande, Pompeia tinha certa relevância no Império Romano. Por conta de sua localização litorânea, o comércio por ali era muito forte e embarcações com diversos produtos chegavam e saíam com frequência de seus portos. Estima-se que 20 mil pessoas vivessem na cidade.

Como visitar Pompeia - Roteiro completo © Imagina na Viagem

Em 79 d.C., porém, a prosperidade de Pompeia foi interrompida por uma terrível erupção do vulcão Vesúvio. Na época, coberto por uma densa floresta e inativo há muitos séculos, o Vesúvio não demonstrava ser, nem de longe, uma ameaça aos habitantes da região. Assim, quando inúmeros pequenos tremores precederam a grande erupção, os moradores de Pompeia, já acostumados aos terremotos ocasionais, jamais poderiam imaginar o que estava por vir.

Hoje, é sabido que a erupção durou cerca de 2 dias. E o que aconteceu durante este período foi narrado em escritos de Caio Plínio Cecílio Segundo (mais conhecido como Plínio, o Jovem) – que assistiu a tudo do porto de Miseno, a cerca de 50km de distância de Pompeia – e, anos mais tarde, confirmado por cientistas que estudaram o solo da região.

Em primeiro lugar, é preciso entender que existem tipos diferentes de erupções vulcânicas. A que se deu no Vesúvio em 79 d.C. é chamada “pliniana”. Ela é altamente explosiva e acontece quando há muitos gases acumulados no vulcão. A partir da pressão da explosão, forma-se uma gigantesca coluna de cinzas e magma – que, ao entrar em contato com a atmosfera, solidifica e se transforma em rocha (uma rocha leve, cheia de pequenas bolhas – a pedra-pomes). Foi exatamente isso que se viu, a partir de Pompeia: uma coluna de cerca de 30 quilômetros de altura, formada por cinzas e pedra-pomes.

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Com o vento, uma grande nuvem se espalhou pela região e as rochas expelidas pelo vulcão chegaram como chuva a Pompeia. Os historiadores afirmam que, nas primeiras horas da erupção, os moradores da cidade não eram capazes de imaginar a gravidade da situação e, por isso, muitos deles permaneceram na cidade. Com o passar do tempo, à medida que os telhados e estruturas iam ruindo com o peso das pedras, muitos começaram a fugir. Ainda assim, estima-se que cerca de duas mil pessoas permaneceram em Pompeia.

Na manhã do segundo dia, quando a pressão na cratera diminuiu, a grande coluna de cinzas e rochas, agora sem sustentação, desmoronou – transformando-se numa espécie de tsunami, chamado de fluxo piroclástico (não confundir com onda de lava, que acontecem em outros tipos de erupções vulcânicas). Teorias dizem que a onda, com centenas de graus centigrados, avançou numa velocidade de 160km/h, queimando tudo o que havia em seu caminho e matando, de forma instantânea, todos que ainda estavam em Pompeia.

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A chuva de pedras vulcânicas, que havia começado várias horas antes, ainda se seguiu por mais algum tempo. Foi desse jeito que toda a cidade e os corpos daqueles que lá permaneceram, acabaram soterrados, metros e metros abaixo da superfície. Assim foi por mais de 1500 anos.

Em 1599, Pompeia foi redescoberta pela primeira vez. Durante a escavação de um túnel, a equipe do arquiteto Domênico Fontana encontrou vestígios da antiga cidade. Algumas teorias dão conta de que, ao encontrar alguns afrescos eróticos, Domênico mandou que suspendessem as investigações e que as partes reveladas da cidade fossem novamente cobertas. Assim, Pompeia só foi realmente redescoberta no ano de 1748, quando o rei de Nápoles, Carlos III de Bourbon, ordenou que sua escavação fosse feita pra valer.

De lá pra cá, dois terços de Pompeia já foram escavados. O que se encontrou revela uma ironia das maiores do mundo: a mesma erupção que acabou com a cidade, foi também responsável por mantê-la congelada na história, livre da interferência do homem e do tempo. Pessoas em seu último momento – fugindo carregando as chaves de casa e seus bens mais preciosos, utensílios, até mesmo alimentos. É como se o tempo não tivesse passado em Pompeia. E, se podemos ver por aí outros resquícios do Império Romano, tendo passado pela influência do homem durante séculos e mais séculos, em nenhum deles podemos encontrar a fidelidade presente em Pompeia.

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2.1. OS HABITANTES “PETRIFICADOS” DE POMPEIA

É super comum ver por aí referências aos famosos habitantes petrificados de Pompeia. Muita gente, inclusive, faz deles o principal motivo para visitar as ruínas. Mas como é essa história de “habitantes petrificados”? A grande parte das pessoas, quando escuta esse termo imagina a seguinte cena: uma onda devastadora de lava que engole e paralisa todos os habitantes da cidade, os tornando, imediatamente, petrificados. Essas pessoas, quando visitam Pompeia e encontraram as figuras humanas pensam estar vendo exatamente isso: múmias feitas em pedras. Acontece que a verdade não é bem essa.

Pra começar, como já expliquei no tópico anterior, Pompeia não foi soterrada por lava, e sim por pedras. Assim sendo, não é razoável crer que seus habitantes tenham morrido desta forma, certo? A versão mais aceita atualmente – e já comprovada por diversos cientistas e historiadores – afirma que os habitantes de Pompeia morreram, na verdade, atingidos por uma enorme nuvem de fumaça fervente – o tal fluxo piroclástico do vulcão Vesúvio (isso explicaria, inclusive, porque todos parecem ter morrido ao mesmo tempo). Agora lembra da tal chuva de pedrinhas? Ela perdurou por bastante tempo. E, assim, depois de mortos, os habitantes de Pompeia acabaram soterrados junto à cidade.

Anos mais tarde, quando as escavações começaram a sério, os arqueólogos encontraram algo como “espaços vazios” no solo formado pelas rochas. Aquilo se tratava, na verdade, do espaço que havia sido ocupado pelos corpos – àquela altura já decompostos – dos habitantes de Pompeia. Assim, para preservar a história e entender mais sobre o que de fato havia ocorrido ali, foi empregada uma técnica que preenchia estes espaços vazios com gesso. Se você teve uma infância divertida, certamente lembra daquelas brincadeiras com gesso, quando preenchíamos moldes nos mais diversos formatos, deixávamos secar e depois desenformávamos nossa bela obra de arte (no meu caso, eram sempre personagens da Disney). Foi mais ou menos assim que se “criaram” também os habitantes petrificados de Pompeia. As figuras em exposição são, na verdade, feitas em gesso, moldadas nos espaços onde os verdadeiros corpos haviam descasado, muitos e muitos anos antes.

3. COMO É POMPEIA HOJE?

As ruínas de Pompeia formam, atualmente, um dos maiores sítios arqueológicos abertos a visitação de todo o mundo. E, vale destacar: o único lugar onde se pode ver, em sua totalidade, uma cidade romana congelada no tempo. Pompeia é um dos pontos turísticos mais visitados da Itália, com aproximadamente 3,5 milhões de visitantes ao ano, e desde 1997 é um Patrimônio Mundial pela UNESCO.

O parque conta com 66 hectares, através dos quais cerca de 44 hectares e 1500 construções já foram escavadas. Há 3 entradas (Porta Marina, Piazza Esedra e Piazza Anfiteatro) e boa infraestrutura para os visitantes. Banheiros, armários (lockers), loja de souvenir, salas com exposições temporárias e até mesmo um restaurante/lanchonete estão disponíveis.

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Nem todas as construções estão abertas aos visitantes e, mesmo assim, em um passeio de um dia, talvez você não consiga visitar todas as que estão. De residências a anfiteatros, passando por templos, um bordel ou uma lavanderia… há muito o que ver. E, daqui a 20 anos, as visitas talvez sejam ainda mais reveladoras… durante o passeio, você provavelmente encontrará áreas onde os trabalhos de restauração ou mesmo escavações continuam indo adiante.

4. COMO CHEGAR EM POMPEIA

Em geral, existem dois grupos de turistas em Pompeia: aqueles que passam férias em Roma e tiram um dia para um bate-volta, e aqueles que viajam pelo sul (principalmente Nápoles e Costa Amalfitana) e, assim, partem de uma base mais próxima. Nos encaixamos no segundo caso.

Em nossa viagem de carro pelo sul da Itália, Nápoles foi a primeira base. E uma das razões para escolha foi, justamente, a proximidade com Pompeia e o Vesúvio. Apenas 25km separam o centro de Nápoles das ruínas de Pompeia – o que proporciona um passeio fácil e bastante confortável. Quem parte de Nápoles, de carro, chega às ruínas em cerca de meia hora e, consequentemente, acaba conseguindo aproveitar o passeio por mais tempo e com maior disposição.

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Significa que quem sai de Roma faz um passeio ruim? Não. Quem sai de Roma, é verdade, passa mais horas na estrada e acaba aproveitando menos tempo em Pompeia. São cerca de 220km de distância e a viagem (com o total de 4h, contando ida e volta), pode ser cansativa. Mas isto não quer dizer que o passeio não valha a pena. Se visitar Pompeia é importante para você e a duração da sua viagem não permite que você faça base também em Nápoles (ou em outra cidade mais próxima), o bate-volta a partir de Roma pode sim ser uma opção.

4.1. COMO CHEGAR EM POMPEIA A PARTIR DE ROMA.

Para quem parte de Roma, as viagens de trem ou ônibus (em passeio fechado) são, na minha opinião, as melhores opções. É que embora eu seja fã das road trips, penso que o processo de entrega e devolução do carro alugado pode tornar o dia, já cansativo, ainda pior, além de postergar ainda mais a sua chegada em Pompeia.

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Na outra ponta, quem contrata um tour (privativo ou em grupo) ou opta pelo trem, se preocupa somente em subir e descer do ônibus/trem… sem burocracia, sem perda de tempo. E se você ficar em dúvida entre os dois, não esqueça de levar em consideração que quem viaja com passeios contratados, pode contar ainda com a experiência de um guia especializado, que contará mais detalhes e curiosidades sobre Pompeia. E, como você já deve saber ou imaginar, em passeios onde a história é a personagem principal, a companhia de um guia torna a jornada muito mais rica e proveitosa. Abaixo, selecionei algumas boas sugestões de tours partindo de Roma.

De Roma: Excursão à Costa Amalfitana, Positano e Pompeia.
De Roma: Excursão a Pompeia com Opção de Nápoles ou Positano.
De Roma: Traslado de Ida e Volta de Pompeia e Suas Ruínas (visita livre).

Para quem opta pelos trens, as partidas acontecem da estação Roma Termini, diariamente. Há duas opções, ambas com baldeação. Na primeira, você deverá pegar um trem com destino a estação Napoli Centrale. Chegando lá, você precisará caminhar até Napoli Piazza Garibaldi (leva 5 minutinhos andando) e pegar um segundo trem, agora com destino a Pompei. A outra opção é pegar um trem na Roma Termini com destino a Salerno e, na mesma estação, pegar um segundo trem com destino a Pompei. Embora esta segunda opção seja um pouco mais demorada (2h30 versus 3h – o trajeto), algumas pessoas preferem evitar a caminhada em Nápoles e a facilidade de trocar de trem na mesma estação. Independente da opção que você escolher, vale a pena encarar ainda mais 10 minutinhos de viagem a partir da estação Pompei até a estação Pompei Scavi. É que esta segunda está localizada bem em frente à Porta Marina, melhor local para começar a exploração das ruínas.

O valor dos tickets vai variar de acordo com o dia, horário e, claro, trajeto da sua viagem. Mas espere gastar, em média, entre 50 e 100 euros por pessoa, somando ida e volta. Você pode simular o itinerário, comprar tickets e ver horários de partida no site oficial da Trenitalia, em: www.trenitalia.it

Mas, se mesmo com meu conselho, você preferir fazer a viagem de carro, anote aí: saindo de Roma pela autoestrada E45, a viagem tem 220km e leva cerca de 2h. Há pedágios no caminho (se prepare para gastar em torno de 30 e poucos euros no caminho, contando o trajeto de ida e volta). O ideal é que você divida a direção com outra pessoa, já que as 4 horas dos trajetos de ida e volta, somadas às horas de caminhada em Pompeia tendem a resultar num combo bastante desgastante. Para tirar todas as suas dúvidas sobre o aluguel de carro e a direção nas estradas da Itália, veja o post que fizemos com todas as dicas para alugar carro na Itália.

4.2. COMO CHEGAR EM POMPEIA A PARTIR DE NÁPOLES.

Para quem parte de Nápoles de carro, a viagem até Pompeia leva cerca de 30 minutos. São 25km pela rodovia A3 – o trajeto possui pedágio (algo em torno de 5,20 euros, contando os trajetos de ida e volta).

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Outras opções são trens ou tours contratados – que podem oferecer apenas o translado, bem como combos mais completos com direito a ingresso, audioguia ou mesmo a companhia de um guia especializado nas ruínas. Abaixo, selecionei algumas opções interessantes.


Excursão Ruínas de Pompeia e Monte Vesúvio
Excursão em Grupos Pequenos c/ Arqueólogo
Pompeia e Vesúvio c/ Pizza ou Degustação de Vinhos
Excursão de Meio Dia a Pompeia

Quem opta pelos trens, deve embarcar na estação Napoli Piazza Garibaldi, sentido Pompei. Chegando na estação, vale pegar uma baldeação rumo a Pompei Scavi, que lhe deixará em frente à Porta Marina – na minha opinião, a melhor entrada para começar o passeio pelo parque. A viagem (contando com a baldeação) leva cerca de 1h, e os tickets custam menos de 5 euros, por pessoa. Veja detalhes em: www.trenitalia.it

4.3. DICA EXTRA: ONDE ESTACIONAR EM POMPEIA.

Parta você de Roma, Nápoles ou qualquer outra cidade nos arredores, se você optou por ir de carro até Pompeia, não deixe de anotar essa dica: configure o GPS com destino a Via Villa dei Misteri, número 5. Ou, se estiver usando o Google Maps, pode procurar por “Pompei Parking” (no mesmo endereço).

Este é o estacionamento mais próximo da entrada Porta Marina. São menos de 5 minutos de caminhada entre o ponto onde você deixará o seu carro e a entrada/bilheteria do parque. Pagamos 15 euros pelo dia todinho e o custo-benefício nos pareceu excelente pela praticidade e proximidade.

Na entrada, retire o ticket na cancela e guarde consigo. Na saída, o pagamento é feito em máquinas automáticas, logo na entrada (de pedestres) do estacionamento. Basta inserir o ticket, conferir o valor, inserir as cédulas ou moedas, pegar o seu troco (se for o caso) e, por fim, retirar o ticket já pago. Este mesmo ticket deverá ser inserido na cancela, ao sair do estacionamento. Atenção: lembre de ter consigo cédulas “pequenas”, já que muitas máquinas deste tipo não aceitam valores altos (como 100 ou 50 euros).

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5. O QUE VER EM POMPEIA

  • CASA DO FAUNO  – A chamada “Casa do Fauno” é uma das maiores casas de toda Pompeia, ocupando, aproximadamente, 3000m². Não é preciso dizer que era de propriedade de uma família bastante abastada, certo? A opulência pode ser vista não apenas em seu tamanho como em detalhes que até hoje permanecem inalterados, como os mosaicos em mármore no piso, os capiteis de suas colunas e etc. Seu nome vem da estátua de fauno encontrada ali durante as escavações. Uma cópia é mantida até hoje no interior da casa, enquanto a original está em exposição no Museu Arqueológico Nacional, em Nápoles.
  • CASA DOS VETTII – É uma das casas mais ricas e famosas de Pompeia. Era de propriedade dos irmãos Aulus Vettius Restitutus e Aulus Vettius Conviva, dois comerciantes bastante endinheirados. Logo na entrada, se vê a pintura de Priapus, o Deus da prosperidade – simbolizando a fortuna adquirida por seus proprietários. O jardim é seu ponto principal, com diversas estátuas.
  • CASA DO POÉTA TRÁGICO – Esta casa traz consigo duas curiosidades (e, não por menos, é um dos principais pontos de interesse durante as visitas a Pompeia): a primeira é o mosaico em sua entrada – formando o desenho de um cachorro mais a inscrição Cave Canem (que significa “cuidado com o cão”). A segunda é o fato de ter servido como inspiração para o romance Os Últimos Dias de Pompeia, do escritor inglês Edward Bulwer-Lytton.
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  • BASÍLICA – A basílica de Pompeia foi, sem dúvida, um dos lugares que mais me encantou durante o passeio. Não por acaso. Com cerca de 1500m², ela era o edifício mais imponente de toda a cidade. E, apesar da sugestão do nome, não era utilizada para ritos religiosos, e sim para fins jurídicos. A construção data de 130-120 a.C.
  • TEMPLO DE JÚPITER – Localizado na face norte do Fórum de Pompeia, o Templo de Júpiter encanta por emoldurar perfeitamente o Monte Vesúvio. É, de certo, um dos pontos mais bonitos de toda a cidade e, como é de se esperar, ganha a atenção de 10 em 10 turistas que passam por ali.
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  • SANTUÁRIO DE APOLO – O santuário de Apolo é considerado um dos mais antigos templos de Pompeia. A iniciativa de construir um santuário dedicado a este Deus, remete aos períodos nos quais a cidade esteve sob domínio de gregos e etruscos. Estima-se que ele tenha sido completamente remodelado entre os séculos II e III a.C. Ainda que não esteja em excelente estado de conservação, a visita nos dá uma ideia do quão imponente ele foi um dia.
  • ANFITEATRO DE POMPEIA – Historiadores afirmam que este é o mais antigo anfiteatro romano que se tem notícia. Ele foi construído em 70 a.C. e podia receber até 20 mil espectadores. Muitas vezes, habitantes de cidades vizinhas viajavam até Pompeia apenas para assistir aos eventos que ocorriam ali. Ainda hoje é possível ver afrescos de gladiadores em suas paredes. Quem é fã do Pink Floyd tem um motivo a mais para visitar o Anfiteatro: foi gravado lá o emblemático “Pink Floyd: Live at Pompeii”. Pelos corredores da arena, há uma exposição sobre a banda, com fotografias e filmes feitos durante a gravação, bem como registros dos shows posteriores que David Gilmour fez por lá.
  • GRANDE TEATRO – O grande teatro foi construído no século II a.C. e remodelado quando Pompeia tornou-se parte do Império Romano de forma a condizer com a estrutura típica dos teatros romanos da época. Com capacidade para 5 mil espectadores, ali eram representadas obras clássicas, tragédias e comédias, com um detalhe: os atores eram todos homens, mesmo quando se queriam retratar personagens femininas. O grande teatro de Pompeia foi o primeiro edifício da cidade a ser completamente exposto durante as escavações. Bem ao lado dele, encontra-se ainda um teatro menor, chamado também de Odeon.
  • FÓRUM DE POMPEIA – O fórum de Pompeia era uma grande praça retangular, que funcionava como uma espécie de núcleo da vida – social, administrativa, religiosa… – da cidade. Em torno dele, estavam os principais edifícios públicos, bem como templos de Pompeia. Apesar de ser visível de quase todo lugar, o Vesúvio tem posição de destaque no horizonte do fórum.
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  • CELEIROS DO FÓRUM – Os chamados celeiros do fórum eram usados, antigamente, como uma espécie de mercado de legumes e frutas. Hoje em dia, abrigam uma coleção de mais de nove mil artefatos encontrados nas escavações de Pompeia. Ali estão desde panelas, vasos, jarros, mesas, a moldes de vítimas da erupção e até mesmo um cachorro. O material é protegido por uma grade e não se pode chegar muito perto, mas vale dar uma olhada.
  • LUPANAR – O lupanar foi um dos bórdeis (o mais famoso) de Pompeia. Ali, as prostitutas eram, em geral, escravas que ganhavam entre 2 e 8 Asses (a moeda da época) pelo serviço. A construção tem dois andares – em cima, ficavam as residências do dono do bordel e das escravas, embaixo estão os quartos onde se realizavam os serviços. Acima das portas, estão, até hoje, afrescos sexuais. Há quem diga que serviam como uma espécie de menu para os visitantes.
  • LAVANDERIA (Fullonica di Stephanus) – Originalmente uma casa, ela foi transformada em lavanderia já nos últimos anos de Pompeia. No centro da construção, os visitantes encontram um grande “tanque”, com uma claraboia acima. No jardim, outros tanques. Quando a lavanderia foi escavada, entre 1912 e 1913, o esqueleto de seu dono, Stephanus, foi encontrado, sugerindo uma tentativa de fuga da erupção. Acredita-se que os funcionários de Stephanus eram todos escravos, e passavam horas e horas a lavar as roupas com uma mistura que levava, entre outras coisas, urina humana e animal.
  • JARDIM DOS FUGITIVOS (Orto dei Fuggiaschi) – O jardim dos fugitivos foi, originalmente, uma área residencial. Mais tarde, transformado em vinhedo, ele abrigava grandes banquetes ao ar livre. Ali foram encontrados os restos mortais de 13 pessoas, entre adultos e crianças. Acredita-se que ficaram presos ali enquanto a cidade era encoberta pelas pedras vulcânicas. Os moldes dos corpos das 13 vítimas, feitos em gesso, estão atualmente expostos no local e, por isso, é um dos principais pontos da visita para quem deseja ver de perto os “habitantes petrificados” de Pompeia.
  • VILA DOS MISTÉRIOS – Apesar de ficar um pouquinho afastada, distante das demais construções importantes de Pompeia, a Vila dos Mistérios é bastante procurada. Lá está um dos maiores e mais bem preservados afrescos de toda a cidade. Ocupando três paredes, ele mostra um ritual misterioso, com mulheres, faunos, seres alados e outras figuras curiosas. Estima-se que o edifício date do século II a.C., tendo sido posteriormente remodelado entre 80-70 a.C.
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6. O EROTISMO EM POMPEIA

Muito se fala sobre o erotismo revelado em Pompeia. É verdade que, ao longo das escavações, muitos símbolos eróticos foram encontrados, seja em forma de esculturas, afrescos ou inscrições.

A tese mais defendida hoje é que Pompeia não foi – como durante muito tempo se especulou – a capital do sexo no Império Romano. Ela era, simplesmente uma cidade como outra qualquer daquela época, quando o sexo era tratado com uma naturalidade maior que hoje em dia. Foi o fato de ter permanecido intocada e preservada que fez com que esses símbolos fossem encontrados em grande quantidade. Não significa que Roma (por exemplo) também não os tivesse, apenas que a interferência do homem e do tempo os suprimiu.

7. ROTEIRO DE UM DIA EM POMPEIA

Você deve imaginar que um parque tão extenso, com tantos edifícios repletos de história, tenha diversas opções de roteiros possíveis, certo? A verdade é que não há uma única forma certa ou mesmo ideal de percorrer Pompeia. O melhor percurso dependerá sempre do tempo que você tem disponível para o passeio e dos lugares que considera imprescindível conhecer.

Ainda assim, e para facilitar a vida dos visitantes, o próprio parque desenvolveu 4 sugestões de roteiros – que variam de 2h a 7h de duração total. Eles podem ser encontrados no mapa de Pompeia, que você poderá pegar na entrada do parque ou baixar através do site oficial (veja em: www.pompeiisites.org). Há ainda uma quinta sugestão, o “Pompeii Per Tutti”, pensada especialmente para visitantes com mobilidade reduzida.

Se você preferir fazer o seu roteiro por conta própria, aqui vão algumas dicas e sugestões:

  • Para ficar mais fácil de organizar o seu itinerário, é importante entender que Pompeia está subdivida em 9 regiões. Estas regiões estão identificadas por números romanos e cores distintas como você pode ver no mapa abaixo.
  • Minha melhor sugestão é que você comece o seu passeio pela Porta Marina. Entrando por ali, você terá uma larga vantagem: é que logo após a entrada, há uma sala onde estão expostos artefatos e alguns moldes de vítimas. Ali você encontrará também um pequeno cinema. Ininterruptamente, o telão apresenta um curto documentário sobre a cidade e seus principais edifícios, mostrando como eram antes da erupção. Junto ao telão, há uma maquete animada, onde são projetadas luzes que mostram exatamente a localização dos cenários apresentados no documentário. É muito legal passar por ali antes de começar a visita e ter uma pequena amostra do que vem pela frente.
Como visitar Pompeia - Roteiro completo © Imagina na Viagem
  • As principais regiões a se ver, na minha opinião são: 6, 7, 8, 1 e 2. A região 6 é mais residencial, é lá que estão todas as casas que listei no tópico acima. A região 7 abriga o Fórum, os templos e o Lupanar. Na região 8, você encontrará a imponente Basílica e os teatros (Odeon e Grande Teatro). Na região 1 está a Lavanderia e também o muitíssimo procurado Jardim dos Fugitivos. E na região 2 são imperdíveis o Anfiteatro de Pompeia e os edifícios ao redor, que geralmente abrigam excelentes exposições temporárias.

8. POMPEIA E ERCOLANO NO MESMO DIA: VALE A PENA?

Engana-se quem pensa que Pompeia é o único sítio arqueológico da região. Herculano (Ercolano) foi mais uma cidade destruída pela erupção de 79 d.C. do Vesúvio e também reencontrada anos mais tarde. Mas, será que vale a pena visitar os dois no mesmo dia?

Para responder, uso como base a nossa própria experiência. Começamos o dia cedo, partimos de Nápoles e rapidamente estávamos em Pompeia. Percorremos as ruínas até o final do dia e, só fomos embora porque de fato o parque estava fechando. Havia muito ainda o que ver – embora tenhamos conseguido ticar da lista todos os pontos de interesse que nos eram mais importantes. Naquele horário, as ruínas de Ercolano já estavam fechando também e combinar os dois passeios foi inviável. Por isso, recomendo: escolha entre um e outro, ou dedique dois dias aos passeios. Percorrer os dois sítios no mesmo dia, não lhe dará tempo hábil para aproveitar bem nenhum dos dois.

Como visitar Pompeia - Roteiro completo © Imagina na Viagem

9. INFORMAÇÕES PRÁTICAS

Abaixo, você encontra as informações práticas para sua visita a Pompeia.

9.1. TICKETS

Os tickets para entrar em Pompeia custam €15. Menores de 18 anos têm entrada gratuita – um documento comprovatório pode ser necessário para a gratuidade. Caso você tenha entre 18 e 25 anos e possua passaporte europeu, o bilhete é vendido em tarifa reduzida a €2.

Os tickets valem por um dia inteiro e, caso queira, você pode deixar o parque e entrar novamente mais tarde (caso queira almoçar fora do parque, por exemplo). Para isso, é preciso ir até a Porta Anfiteatro e solicitar uma autorização.

9.2. HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO

De abril a outubro – das 9h às 19h30 (a bilheteria fecha às 18h).
De novembro a março – das 9h às 17h (a bilheteria fecha às 15h30).

* aos sábados e domingos – independente da época do ano – o parque abre suas portas 30 minutos mais cedo, às 8h30.

10. EXTRA: DICAS FUNDAMENTAIS PARA O SEU PASSEIO POR POMPEIA.

  • Opte por um tênis confortável na hora de se vestir. Você andará MUITO e em terreno irregular.
  • Esteja atento à previsão do tempo. Em dias de sol e calor, não abra mão do filtro solar, boné e roupas leves. Na época em que fomos a Pompeia (em abril), as temperaturas eram amenas, mas no final da tarde batia um friozinho importante – neste caso, é recomendado levar um casaco um pouco mais pesado. Se preferir, pode deixa-lo em um locker até a hora que ele se faça necessário.
  • Há restaurante/lanchonete no parque e os preços não são extorsivos. Almoçamos umas fatias de pizza por lá e, embora não tenha sido a melhor refeição da viagem, comemos bem. No entanto, sempre vale levar um lanchinho e água na mochila. Como o parque é grande e só há uma lanchonete, nem sempre você estará perto dela quando a fome/sede bater. No mais, esteja atento: você pode beber em qualquer área do parque, mas pode ser chamado atenção se comer fora das áreas designadas para isso.
  • Lembre-se de pegar um mapa do parque logo na entrada. Ou, faça melhor: imprima o mapa ainda antes de viajar, escolha e demarque os seus principais pontos de interesse e trace um roteiro que dê prioridade a eles. Muita gente subestima o tamanho de Pompeia. Saiba que vai ser difícil ver tudo em um dia só, então um pouco de planejamento é bem-vindo.
  • Drones só podem voar sobre Pompeia com autorização prévia. Se você planeja fazer alguns vídeos aéreos por lá, é preciso entrar em contato com o parque e fazer a sua solicitação com antecedência. O site para requerer a autorização é o: http://pompeiisites.org/en/archaeological-park-of-pompeii/application-forms-for-use-of-images/. O mesmo vale para fotos profissionais. Fotógrafos amadores estão liberados – desde que não utilizem flash ou tripé, ok?

Leia mais:
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QUEM ESCREVE

Formada em Cinema e pós-graduada em Jornalismo, já trabalhou como produtora cinematográfica, fotógrafa, redatora, assessora de imprensa...
Mas foi nas viagens - e contando sobre elas - que descobriu sua verdadeira paixão.
Desde 2014, é editora do Imagina na Viagem e consultora de turismo além, é claro, de uma viajante incansável nas horas vagas.

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8 Comentários

  1. Shirlei Schmulian
    27 de outubro de 2019 em 17:20 — Responder

    Obrigada, Marina, por nos relatar a sua experiência em Pompéia. Já conhecia alguma coisa sobre a cidade, pelos livros, mas confesso que já havia esquecido de muitos detalhes. No momento, meu marido e eu estamos em Positano e, amanhã, dia 28/10/2019, estaremos partindo para conhecer Pompéia. Agora estarei muito mais atualizada…Parabéns pela reportagem!

    • 11 de novembro de 2019 em 19:21 — Responder

      Oi, Shirlei!
      Fico feliz que tenha gostado. E espero que sua passagem por Pompéia tenha sido excelente!
      Super obrigada pelo comentário!

  2. Rita de Cássia Marinho
    27 de dezembro de 2020 em 11:39 — Responder

    Muito bom seus comentários.
    Ainda não conheço Pompéia mas está nos meus planos conhecer esse lugar.
    Gostei de todas as dicas, principalmente em como chegar.
    Continue seu trabalho e parabéns.
    Abraço grande.

    • 6 de março de 2021 em 19:24 — Responder

      Obrigada, Rita! Recomendo Pompeia pra todo mundo! 🙂

  3. Isis
    29 de dezembro de 2021 em 11:13 — Responder

    Muitíssimo bem explicado. Obrigada ❤️

  4. Mariana
    4 de junho de 2022 em 20:56 — Responder

    Marina, obrigada pelo post! Muito completo!
    O ingresso eu compro na hora?

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